sábado, fevereiro 28, 2009

Ao Encontro do Azul

Edição Folheto Edições & Design
Volume XVI - Coleção 25 Poemas
2005









sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Que Quinta na Vila de Noel

Edição Folheto Edições & Design, Leiria
Volume XXI da Colecção 25 Poemas
Dezembro 2005/ Janeiro 2006


Cartas - Mensagem de Além do Rio para as Varandas do Lis

Edição Folheto Edições & Design, Lda
Volume XXII - Colecção 25 Poemas
Dezembro 2005/ Janeiro 2006


Saudade
Na alma cai o verso.
E da pétala o orvalho.
Orvalho e alma são mágoa.
Verso e pétala


voam

ao teu encontro.

José Maria de Almeida - O Homem e o Artista - I Centenário 1906-2006

Edição do autor
Concepção Gráfica Folheto Edições & Design, Lda
2006

Foi marcante a vida artística de José Maria de Almeida, desde o Palace Hotel, Liceu Literário Português, sem esquecer o Palacete da Rua do Lavradio do Marquês do Lavradio, onde ainda hoje se sentem fragrâncias de tantos notáveis, como Mandarino, Carlos Gomes, Sansão Pereira, Ney Tecídio, Dario Silva e outros.
Daquela Sociedade Brasileira de Belas Artes foi José Maria de Almeida, Director Artístico, por mais de 30 anos e aí teve ele a honra de assistir a partir de 1984, no Dia da sua Pátria (10 de Junho) à abertura oficial do “Salão de de José Maria de Almeida”, que acontece anualmente.
Ninguém distinguia nele a pessoa e o artista. Para-fraseando José Maria Carneiro, dir-se-á que: “Como pessoa era por todos querido; como artista, era por todos admirado”.
Viajou várias vezes a Portugal. Aqui pintou, como o fez em Espanha, na França, na Itália. Expôs na Casa das Beiras, no Porto e em Mangualde seu município natal. Saboreou as maravilhosas cerejas das suas cerdeiras, gravou os andores e as procissões, as ceifas, os rebanhos, as personagens e as fontes da sua terra. Caminhou nas ruelas de Montmarte, atravessou as curvas pontes de Veneza, sentiu o encanto florentino, a quentura meiga do Alentejo, os pregões da Mouraria e de tudo nos deixou inesquecíveis e belíssimos testemunhos.
Pelo seu valor e porque honrou a Cidade que o recebeu, foi-lhe outorgado o título de “Cidadão Carioca” e pelo muito que fez pelas Artes, foi-lhe concedido a Comenda de Grande Oficial da Ordem do Mérito, da qual é ainda hoje “chanceler” o grande Artista e Amigo Sansão Pereira.
Legou-nos José Maria de Almeida centenas de “filhos espirituais”, disseminados por terras do Brasil, Portugal e outros países; como deixou, qual vergôntea que rejuvenesce em todas as primaveras, raízes que cobrem o Mar, as quais alimentam o orgulho e a honra de todos os que o conheceram e de todas as gentes da sua Cunha Alta e demais terras de Azurara da Beira.
Tem José Maria de Almeida obras suas em vários Museus, nomeadamente no de “Maria da Fontinha”, em Além do Rio, Castro Daire, o qual alberga centenas de peças – pintura e escultura – de centenas de artistas plásticos brasileiros.
Na toponímia da Cidade de Mangualde e na freguesia de Cunha Alta, existem ruas com o seu nome, em merecida homenagem.
Na Casa da Cultura de Conservatória, no estado do Rio de Janeiro, encontra-se um busto, magnífico, de José Maria de Almeida, esculpido pelo também grande Artista e Grande Amigo, Gilberto Mandarino.
Por isso, as várias iniciativas para recordar o seu nome, a sua personalidade e a sua obra, na passagem do centenário do seu nascimento. Ocorrerão, por via disso, eventos alusivos, quer no Rio de Janeiro, quer em Cunha Alta, quer em Mangualde, quer no referido Museu Maria da Fontinha. E de todos irão sendo dadas informações.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

"Carlos Gomes, pintor da luz"


Edição Liga de Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha
Concepção gráfica de Folheto Edições & Design
2006












Padre António Vieira - De Payassu ao V Império, no seu V Centenário

Edição Liga de Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha - Além do Rio, Castro Daire
Concepção Gráfica de Folheto Edições & Design - Leiria
2008
E tendo em realce, neste ponto, a imagem arquetipal do Quinto Império, traço fundamental da Cultura Portuguesa, desde Bandarra, passando por Camões, desenvolvendo-se em António Vieira, consolidando-se em Pessoa, prevalecendo em Agostinho da Silva como via para a plena realização espiritual é no aprofundamento das virtualidades de uma língua – e de uma cultura – de onde emerge o discurso filosófico enquanto tal.
O professor Agostinho da Silva preconiza: “Duas possibilidades para Portugal: ou o regresso à integridade peninsular ou pela ligação com o Brasil - e até por aí, com África e o Oriente -, salvar-se-á de ser apenas um sobrevivente como o são o Egipto ou a Grécia ou a Pérsia”.
Com estes pensamentos, sob o manto do Quinto Império, se deitará o Brasil e Portugal aconchegá-lo-á como seu filho dilecto, num manto colorido de branco, pureza (tinga), preto (una), verde (obi), amarelo (juru), vermelho (piranga), com laivos de azul (sugui) e sempre bom (catu) e belo (poranga); (usando-de entre parêntesis palavras normalmente proferidas pelo Paiaçu António Vieira, na sua missionária acção junto dos seus protegidos e amados índios tupis).





Nota final
Queremos deixar o testemunho de que nos dispomos a ladear todos aqueles que a seu modo busquem a concretização da ideia do Quinto Império, em todas as acções empreendidas por quem defenda, expanda e consolide a nossa querida Língua em todas as latitudes e lugares do mundo.
À Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, ao Movimento protagonizado pelo Elos Internacional da Comunidade Lusíada e a tantas associações e indivíduos, que porfiam em benefício da Língua de que António Vieira é imperador, o nosso sincero BEM-HAJAM.
Como primeiro passo entendeu-se, e isso corroboramos, deve com a brevidade possível, o Brasil integrar o Conselho de Segurança da ONU, para que mais brevemente vejamos a nossa Língua a ser usada naquele areópago, porquanto abundam à saciedade justificações que isso abonam, recolocando a verdade: de que o que é importante deve estar nos lugares importantes.
A importância enorme de Vieira foi também ter sido ele o elo deflagrador do mito do V Império que já havia sido prognosticado por Bandarra, por Joaquim da Flora e por Camões e cuja evolução, variabilidade e adaptação às novas realidades conduziram a este estado de Graça por se descobrir que afinal o meio, o modo e o fim de tal empresa, devia fazer-se com a sublime Língua destas pátrias, mátrias, frátias, que a falam, encabeçada pelo Brasil e cujos resultado serão notórios no V Centenário do Padre António Vieira.
Assim seja.

Mandarino

Edição Liga dos Amigos da Casa-Museu Maria da Fontinha
Concepção Gráfica Folheto Edições & Design, Lda
2008


Encontramo-nos no ESPAÇO GILBERTO MANDARINO, no Museu Maria da Fontinha, Núcleo e Centro de Arte do Museu do Território do Vale da Paiva e Serras (em constituição), no paradisíaco lugar de Além do Rio a ouvir os murmúrios musicais do mais cristalino rio da Europa: a nossa Paiva.






O seu sonho

A Juscelino

Mais que um homem
Sonhador
Espalhou claridade
Na escuridão do sertão.
O Brasil ganhou esperança.
E encontrado, ficou mais forte,
Por ter mais terra e mais pão,
Para os homens e mulheres
Que aceitaram o seu sonho.
E na Alvorada da bonança
Foram em busca do seu Norte
Que fica no local da verdade:
O do teu sonho.




Escultura

a Gilberto Mandarino

O escultor
Não usou escopro nem cinzel
Nesta sublime criação.
Deu calor ao corpo da argila dura
Com o calor do seu próprio corpo.
Abraçou-a.
Com carícias e sopros lânguidos e mornos
Tornou a argila macia
Dando-lhe as formas que sonhara e sabia.

E com tanta leveza
Que os seus pés não pisam terra ou pedra,
Sustendo-se na espuma das ondas.

Resultou, por fim,
A beleza
Da imagem
Nascida da união da arte e do amor
Na ascese
Da alma do escultor,
A atingir a forma pura…

… Insuflando da dele,
Vida à escultura.